terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Noite Cultural no Regina Pacis 03 de dezembro. Prestigiem.


Venham, prestigiem esta comemoração....de Tom a Credence... Aguardamos...são nossos convidados especiais.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Universidade e novos tempos

Estado, Gestão, Avaliação e Qualidade


Para elencar os elementos que podem ser constitutivos a uma universidade que queremos necessariamente se precisa passar por uma análise do que é este espaço onde o conhecimento é instigado, produzido e “direcionado”. Automaticamente a Universidade depende de alguns elementos que tocam ao Estado, Gestão, Avaliação e Qualidade. Ao se tratar de um tema de tamanha abrangência e importância na atualidade é fundamental fazermos uma contextualização histórica perpassando por conceitos de Estado, pois toda gestão, avaliação e qualidade estão inseridas, necessariamente, em um sistema político-ideológico.
A atualidade do Sistema Educativo latino-americano apresenta alguns problemas, entre outros, que estão visíveis nas seguintes questões:
• Diminuição e escassez de recursos no sistema educativo superior
• Deserção
• As precárias condições de trabalho docente
• A massificação (falta de atenção aos alunos)
• A função da universidade na sociedade atual
Como afirmamos no início da reflexão, todo problema atual tem raízes históricas. Com o nascimento e a maturidade do capitalismo, a sociedade caminhou e caminha por nuances que caracterizam o “fazer educativo”.
Todo racionalismo presente na Universidade é fruto da Ilustração e Iluminismo na busca de enaltecer a razão como resposta a todos os problemas da humanidade, afirmando seus direitos, tendo na ciência sua principal instrumentalização. A conseqüência de tal confiança levou-nos à modernidade culminando na racionalização das relações sociais, dos meios de produção, na inclusão e exclusão no mercado de trabalho, ao consumismo imediato, individualismo, desenvolvimento do conhecimento e da tecnologia, frutos de uma globalização generalizada, promovendo reviravoltas nas leis de mercado e nos conceitos de Estado a partir da década de 90.
Que papel o Estado assume, entendendo o mesmo como representante da forma máxima de organização humana, para dar respostas aos problemas acima citados? Estado-avaliador (utilização e distribuição de recursos. Dar maior igualdade de oportunidade. Ter a educação como prioridade, permitir participação democrática da sociedade, tendo esta como grande detentora de conhecimento.
Cabe fazer uma análise do papel da universidade quanto à sua função, qualidade e avaliação. Hoje percebemos uma hererogeneidade crescente, burocratização de reconhecimento e consolidação de cursos, finaciamento, criar programas de avaliação de qualidade. Responder com produção de conhecimentos e estes, identificados como necessários na aplicabilidade social. Para alcançar tal qualidade, é preciso fazer uma avaliação constante, entendida como atenção ao perfil educativo-cultural da força de trabalho e aos novos paradigmas da organização da produção e do trabalho, como o grande desafio para o sistema educativo-cultural.
A avaliação educacional faz parte de uma proposta política educacional que tem como objetivo a construção de uma educação pública popular e democrática. Essa proposta está fundamentada numa concepção de Estado, abordada acima, que entende a educação como direito e processo essencial para a formação dos cidadãos. (www.educabrasil.com.br)
Para concluirmos, abordemos, não de maneira conceitual, mas apenas em grau de importância, os instrumentos necessários para alcançar os fins de um sistema educativo com legitimidade (Estado), qualidade, em constante avaliação. Tais instrumentos têm a função de buscar a realização dos fins educativos, tanto as atividades-meio quanto as atividades-fim que se desenrolam na escola — e não somente as atividades de direção, porque o que a administração tem de essencial é o fato de ser mediação na busca de objetivos.
Gestão será, assim, a utilização racional de recursos para a realização de determinados fins. Uma gestão aberta, que prepare o docente para uma educação ética, crítica, reflexiva. Que cumpra seu papel de instigadora de discussão política para a construção de uma cultura civil democrática.

Claudismar Camargos

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Problemas éticos

O questionamento da subjetividade como ponto de partida da tentativa de fundamentação do conhecimento e da ética

“Tudo parece anunciar hoje um retorno da filosofia ética”
(Jacqueline Russ)

A autora, acima citada, em seu livro, Pensamento Ético Contemporâneo, nos convida a uma reflexão para a construção de um pensamento ético necessário em nossa sociedade pós-moderna, mas que ao mesmo tempo se mostra problemático.
Tornou-se muito comum tratar de ética atualmente, principalmente no tocante à sua fundamentação. Fala-se em ética nos negócios, bioética, vontade de moralização da coisa pública ou política, ética e dinheiro etc. Nesse sentido, a ética se faz necessária para nortear as relações sociais em suas mais particulares instâncias.
O avanço da Ciência e da Técnica nos conduz a uma sociedade mundializante, globalizada, tendendo a comportamentos generalizados, ou até mesmo, universais. O planeta se acha posto em processos técnicos. Dessa forma, nenhuma moral, particular ou restrita de um grupo, está em condições de regrar questões de tal amplitude, de responder ao problema de mundialização da economia e da técnica.
Marilena Chauí, em seu livro, Convite à Filosofia, nos mostra que a Ética, sempre foi um assunto presente na construção da cidadania. Critica o modismo em que salienta a busca por uma definição axiológica contemporânea. Para ela, os valores sempre foram objetivos do ser humano, e não apenas agora se fazem necessários diante de escândalos políticos, familiares, institucionais, empresariais etc. Nesse sentido, percebe-se que, desde a antiguidade até os dias atuais, que o homem se preocupa com o problema do bem e do mal, do certo e do errado. Aí está o campo de investigação da ética: refletir as morais numa dimensão mais teórica e abstrata, para que as práticas particulares sejam levadas a um crivo de questionamento, onde os atos humanos sejam considerados socialmente aceitos, não ferindo assim, a integridade do planeta e da convivência social.
O Individualismo, advindo do avanço da Ciência e da Técnica, como referido acima, propõe que o indivíduo é privilegiado em relação à sociedade. Esse indivíduo que repele o transcendente e as teleologias como forma de afirmação. Daí, a necessidade dificuldade de apoiar seu comportamento na subjetividade.
Platão, na sua obra, A República, diz que cada um é responsável por seu destino, por sua escolha, e ainda diz mais: “a divindade está fora disso”. Eis um dos maiores desafios para a construção de uma fundamentação ética. Desafio que está ancorado no dilema de pautar a conduta ética na subjetividade. Subjetividade explícita no individualismo pós-moderno. O pensar na preocupação consigo mesmo no sentido de pensar sempre no próprio crescimento pessoal era uma característica da Antiguidade, o que não impedia que isso fosse compatível com a vida do grupo. Cada vez mais aparecem imperativos inéditos, novas morais, onde a ética fica longe de alcançar campo para reflexão.
Para entendermos melhor o princípio da responsabilidade social, abordemos Robert Henry Shrour, na obra Ética Empresarial. Ele nos convida a pensar que a moral particular, apresentada em forma de costumes de sociedades particulares, não norteia a conduta universal, como já afirmamos acima. Ela é importante, como identidade de um povo, porém, não como imperativo categórico universalista, visto que a verdade sob o ponto de vista moral é relativa. Existem várias morais. Para que consideremos a ética como a tentativa de escolha de uma conduta correta, cabe-nos a pergunta: qual será a conduta correta? Existe a conduta correta? Percebemos que racionalmente o eixo axiológico funde-se nessa sociedade individualista. Daí, a dificuldade de transformar a subjetividade em imperativos objetivos, onde a conduta seja orientada. Shrour ainda nos convida, mesmo no campo empresarial, à Ética da responsabilidade social. Do ponto de vista capitalista traria resultados para as empresas, pois, estas, inseridas na sociedade, acima referida, careceriam de normas universais para seus negócios, caindo, assim, numa redoma de questionamentos. Por isso, não havendo códigos de condutas, seria conveniente partir para uma política que visaria a sociedade, respondendo àquilo que é urgente: projetos de responsabilidade social.
Mas a responsabilidade é subjetiva? Para responder é preciso fazer uma breve reflexão sobre consciência. Ter consciência equivale, a saber, alguma coisa, e a consciência seria então o que nos ajuda a conhecer, ou o simples fato de sabermos que existimos. Definir a consciência equivale, pois, a refletir sobre a maneira de contemplar o mundo, tão característica do ser humano. Podemos considerar que a consciência representa um primeiro nível de conhecimento, anterior a qualquer pensamento explícito. Assim, antes de postularmos juízos da ação, o mundo se nos apresenta enquanto portador de expressão de consciência a nossa mente, ou seja, somos responsáveis por aquilo que deve ser preservado, a “nossa casa”.
Não paramos de mudar, mas temos a sensação de que algo permanece enquanto mudam nosso corpo e nossa forma de pensar. Nossa consciência une um antes e um depois, dá um sentido a nossa existência e a tudo o que está submetido ao passar do tempo. É como se a consciência, entendida como memória, se situasse à margem do tempo para poder observar as causas e a conseqüências daquilo que está observando. Com efeito, quando cremos entender por que algo passa é porque somos capazes de relembrar algo que já não está, mas que é a causa do que estamos vendo agora.

A linguagem nos permite observar o passado e procurar entendê-lo. Este entendimento se processa quando temos a consciência moral. Por isso que todo processo ético requer conhecimento e a consciência deixa transparecer uma separação entre um interior e um exterior. Não temos apenas um observador orientado para o observado, neste caso, o mundo, mas a consciência nos revela a todos a dimensão interior de nossa intimidade, na qual podemos nos refugiar para refletir sobre o que fazemos e o que pensamos. Fala-se de consciência moral, ou mais apropriadamente ética, quando tentamos provar se nossa forma de agir ou de tratar os outros corresponde ao que pensamos que se deve fazer. Caso contrário, temos o que se costuma chamar de um “problema de consciência.” Eis o problema ético moderno. Por isso a responsabilidade. E pensar o dever é conseqüência de que se costuma apresentá-lo como uma obrigação que se impõe a nós sob a forma de regras que devem valer para todos os seres humanos e que teríamos de aceitar com total liberdade. Não podemos reduzir essa exigência à pressão da sociedade. O sentido da responsabilidade expressa na realidade a natureza do homem como ser que não só aceita o natural e o social, mas que constrói livremente sua humanidade. Aristóteles escreve que “o hábito, meu amigo, é tão-somente uma longa prática que por fim faz-se natureza”. Passando da esfera particular desta ação, poderemos, no século XXI, fazer da responsabilidade social uma prática natural.
Irredutível ao que é – viar-a-ser das sociedades, transformações profundas de uma época etc. – a ética contemporânea se compreende como tarefa última, que se efetua no próprio seio da recomposição do horizonte axiológico, ancorando nossa responsabilidade no coração das transformações de hoje. Entramos num período em que a ciência da liberdade é requerida como controle do controle e como poder sobre o poder. O pensamento ético contemporâneo se confunde com esta exigência de sabedoria. Parte da reconquista de uma razão prática de um tipo inédito, vinculada ao consenso universal, (Habermas, Rawls) e a uma responsabilidade total, excluindo toda reciprocidade (Jonas). A busca de uma ética válida para a humanidade no seu conjunto, inclusive para o gênero humano futuro, posto sob a nossa guarda, ilumina a ordem ética contemporânea, que não é estranha, vê-se, às referências kantianas. Depois de uma cura pelo sono ou o silêncio, o pensamento ético contemporâneo conhece hoje um pleno despertar.

Portanto, a sociedade, como um todo, parece querer regras de conduta em direção ao bem, ao bem comum. Dadas as dificuldades para dar rumos às essas regras, as empresas ou instituições encontram na própria sociedade, uma maneira de transformação, seja por projetos de inserção social, por políticas organizacionais, onde o funcionário se sinta e se forme como cidadão, mesmo agindo para preservar sua reputação como vantagem competitiva, fazendo assim seu papel enquanto tal. É importante a vida em seu fim último: que seja respeitada e preservada, tanto no campo biológico, psíquico e social. A ética é possível, mesmo que ausente de valores tradicionalmente aceitos. É possível quando se vêem a sociedade e o planeta como objetos de direcionamento do bem para uma sociedade justa e responsável.


REFERÊNCIAS

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Martin Claret, 2002.
CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2003.
LEGUIZAMON, H. Filosofia: origens, conceitos, escolas e pensadores. Tradução de Ciro Mioranza. São Paulo: Escala Educacional, 2008.
PLATÃO. A República. São Paulo: Martin Claret, 2002.
RUSS, J. Pensamento Ético Contemporâneo. São Paulo: Paulus, 1999.
SHOUR, R. H. Ética Empresarial. São Paulo: Campus, 2003.
VASQUEZ, A. S. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1993.

E sua casa, como vai?

Um dos temas atuais que se colocam como problema diz respeito à ecologia. A escola é um espaço que não fica alheio às discussões e propostas alternativas para o meio ambiente. Mas então o que fazer com a liberdade de termos nosso planeta como espaço vital?
Para entendermos a questão, voltemos à raiz da palavra ecologia. Vem do grego, óikos e significa casa. Mas que casa é esta? Nossa grande morada, a morada de todos nós. Como tomar consciência disso? Como cuidar desse nosso Planeta? Receitas não faltam. Há a falsa crença de que teorias fazem diferença. Talvez por serem tão difíceis e complexas nos prendemos nelas, escapando nossa possibilidade de aplicá-las. Na verdade, o dever de casa encontra-se à nossa frente. Onde? Num simples papel caído no corredor (onde TODOS passam), portanto, ambiente nosso. No evitar do plástico da bala depositado no vaso de planta. No cuidado com o banheiro. Com a sala de aula. Com a nossa casa; nosso quarto; nosso MEIO ambiente. Justamente, estamos no meio da questão e não alheios a ela.

Claudismar Camargos

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Futebol dos Filósofos

Um vídeo muito filosofal...

Abraços...